Notícias sobre Acidentes

Luiz Fernando Seixas de Oliveira

Luiz Fernando Seixas de Oliveira

Especialista em risco e confiabilidade com 40 anos de experiência no Brasil e no exterior, tendo sido pioneiro na aplicação de análise de risco e confiabilidade no Brasil.

PhD em Engenharia Nuclear pela U.C. Berkeley, em 1979. Foi por 13 anos professor da COPPE/UFRJ. Trabalhou por dois anos no Laboratório Nacional de Brookhaven nos EUA. Fundou a PRINCIPIA Engenharia, a qual foi adqui­rida em 2000 pela DNV GL.

É Vice-Presidente da DNV GL, e atualmente Gerente do Centro de P&D da DNV GL no Rio de Janeiro. É autor de mais de 120 trabalhos técnicos publicados em revistas e conferências. É Presidente da ABRISCO.

Um terceiro artigo envolvendo o Acidente de Brumadinho está parcialmente apresentado abaixo e em sua totalidade na Área do Associado - Artigos.

 

O CONCEITO DE ALARP E O RISCO DE BRUMADINHO

Luiz Fernando Seixas de OIiveira

Presidente da ABRISCO

INTRODUÇÃO

“Documentos mostram que a Vale sabia do risco de rompimento em Brumadinho desde outubro. Segundo o Ministério Público de Minas Gerais, a empresa também tinha conhecimento do perigo em mais oito barragens”. Essa foi a manchete da Revista FORUM de 11/02/19 (ver link ao final do artigo), aqui citada apenas como exemplo do que foi noticiado na mídia em função de uma ação movida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Vários outros órgãos de mídia, divulgaram manchetes semelhantes.

O que essa notícia traz como mensagem para o público em geral? - Que a VALE sabia desde outubro que o risco de rompimento da barragem era muito alto e não tomou nenhuma providência. Para mim, isso é o que o público extrai a partir da leitura dessa notícia. Mas será que essa era a realidade? Quais foram as razões nas quais se baseou o MPMG para impetrar uma ação civil pública contra a VALE e divulgar essa notícia? Começo esse artigo a partir da notícia dada acima.

E a VALE conhecia o risco da Barragem de Brumadinho. Sim, de fato conhecia, e esse é o primeiro e absolutamente necessário passo para o gerenciamento do risco de qualquer atividade: conhecer o melhor possível os riscos da atividade. Não dá para gerenciar o que não se conhece. Mas, nesse caso, o simples fato de conhecer o risco não quer dizer que “a VALE sabia que o risco era muito alto”, como alega o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Na ação civil pública impetrada pelo MPMG contra a VALE, está escrito numa das primeiras páginas:

“A REQUERIDA é responsável por, pelo menos, 08 (oito) BARRAGENS que segundo seus próprios critérios de análise de riscos - ESTARIAM EM SEVERO RISCO DE ROMPIMENTO ATUALMENTE:” (o grifo é do MPMG)

E continua o documento, enumerando as oito barragens.

Tenho grande respeito e admiração pela instituição Ministério Público no Brasil, em todas as suas esferas, especialmente por suas ações no campo do combate à corrupção, mas me desculpem os membros do MPMG responsáveis pela ação, na questão dos resultados das análises de risco realizadas pela VALE das 57 barragens, a interpretação dos Procuradores está equivocada. E, na minha opinião, presta um desserviço à causa da segurança de instalações sujeitas a riscos de acidentes maiores no Brasil. Esta é a razão de estar escrevendo esse artigo, e vou explica-la mais adiante.

A POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA DE BARRAGENS

A Política Nacional de Segurança de Barragem (PNSA), estabelecida pela Lei 12.334 de 20/09/10, preconiza que os proprietários de barragens implementem uma gestão dos riscos de suas barragens, tendo como um dos seus instrumentos de aplicação (art. 7º), o sistema de classificação de barragens por “categoria de risco e por dano potencial associado”. Esse sistema foi apresentado na Resolução 143 de 2012 do CNRH (Conselho Nacional de Recursos Hídricos). Reconheço a grande importância da PNSA e suas resoluções associadas para a segurança das barragens no Brasil, mas o sistema de classificação da segurança das barragens preconizado por elas é muito simples e apresenta alguns aspectos conceituais discrepantes (para dizer o mínimo) dos conceitos utilizados internacionalmente pelos praticantes de análise e gerenciamento de riscos e bastante consolidados na prática. O principal deles, que já mencionei no meu primeiro artigo sobre o acidente de Brumadinho disponível neste site, é que a classificação das barragens é feita com base em dois fatores: “o critério de risco e o dano potencial associado”. Mas a conceituação utilizada internacionalmente define o risco de uma atividade como uma combinação da probabilidade (ou frequência) de ocorrência de um evento e as consequências danosas do mesmo. Na Lei 12.334, o fator “critério de risco” considera apenas a probabilidade do evento, enquanto as consequências são consideradas no fator “dano potencial associado”. Assim, por exemplo, usando o método da PNSA no caso da Barragem I da Mina Córrego do Feijão, o seu fator de risco foi avaliado como “baixo”, enquanto o seu potencial de dano associado foi avaliado como “alto”. Isso, por si só, já introduz uma confusão conceitual, mas digamos que isso ainda possa ser administrado na prática.

Na Resolução 236 de 30/01/17 da ANA (Agência Nacional de Águas), foi criada uma matriz, reproduzida abaixo, onde as barragens são classificadas por letras (A, B, C, D), sem que seja explicado o que efetivamente representam as letras (tipicamente essas são matrizes de risco, onde as letras representam as classificações de risco da atividade analisada). Na resolução da ANA, as letras nas células da matriz são usadas para o estabelecimento da periodicidade requerida para o cumprimento de exigências expressas na resolução. Uma matriz semelhante está indicada na Portaria 70.389 de 17/05/17 da ANM (Agência Nacional de Mineração), sendo que nesta resolução não consegui achar uma função para as letras na matriz.

Matriz da ANA

Matriz da ANM

Para fins de comparação, uma matriz de risco 3x3 típica das análises de risco qualitativas usadas no setor de óleo e gás está mostrada abaixo. Nesta vê-se que uma instalação na condição da barragem de Brumadinho seria classificada na categoria de risco amarela, tipicamente considerada uma categoria de risco ALARP, do inglês As Low As Reasonably Practicable, cuja tradução é tão “baixo quanto razoavelmente exequível (ou praticável)”. Esse conceito é explicado abaixo.

Matriz de risco

Sem entrar nos detalhes dos critérios usados nas resoluções da PNSA para a classificação do “critério de risco” e do “dano potencial associado”, um dos seus aspectos que considero inadequado é o fato do Plano de Ação de Emergência (PAE) ser utilizado como fator de classificação do “critério de risco”, quando, na minha opinião, deveria estar na classificação do “dano potencial associado”. Isso porque, o fato de uma barragem ter ou não ter um PAE em nada modifica a probabilidade de ruptura da barragem. Por outro lado, as consequências, essas sim podem ser bastante afetadas pela implementação ou não de um PAE. Eu poderia mostrar outros aspectos dos critérios de classificação de risco da PNSA que indicam a pouca utilidade do seu uso para uma real gestão dos riscos das barragens.

... (continua na Área do Associado - Artigos)

Os temas tratados na continuação do artigo são: o conceito de ALARP, os resultados das análises de risco quantitativa de 57 barragens realizadas pela VALE, a política de aceitabilidade/tolerabilidade de risco adotada pela VALE, as implicações dos resultados para as barragens cujos riscos calculados estão na zona ALARP e algumas conclusões do autor. Mas para apreciar o artigo na sua totalidade, é preciso que seja associado da ABRISCO (para poder ter acesso à Área do Associado neste site). Se ainda não o é, pode fazê-lo agora mesmo, usando o procedimento super simples na aba "Associe-se". A anuidade custa apenas R$150,00. A ABRISCO conta com a sua participação. Obrigado.

É excelente podermos anunciar agora que o Congresso ABRISCO 2019 já tem o seu lugar de realização: será realizado no período de 02 a 04 de dezembro nas instalações da FIRJAN no centro do Rio de Janeiro. Todos os três primeiros congressos foram ali realizados com grande sucesso. Para este ano, esperamos ter um sucesso redobrado, por conta da melhora geral da economia do nosso país e do setor de óleo e gás em particular. Registramos aqui os nossos agradecimentos à FIRJAN pela gentil cessão das suas instalações para o nosso congresso.

Conforme já anunciado, este ano o Comitê Organizador será presidido em conjunto por Marcelo Santux (Total) e Márcio das Chagas Moura (UFPE) e o Comitê Técnico será presidido por Anna Letícia Barbosa (CNEN) e Acires Dias (UFSC). Vários associados já integram os dois comitês, mas ainda há espaço e necessidade de muitas outras participações. Se você está interessado(a), mande um mail para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. manifestando a sua intenção.

A Chamada de Trabalhos será anunciada brevemente no site da ABRISCO e enviada por mail para os nomes que integram a mailing list da Associação.

O Acidente de Brumadinho: Algumas Reflexões Adicionais

Luiz Fernando Seixas de Oliveira

Presidente da ABRISCO

Maior Acidente Industrial do Brasil e Segundo Maior do Mundo com Barragens de Rejeitos

Desde o dia deste acidente realmente catastrófico (25/01/19), tenho pensado incessantemente sobre os fatores que levaram à ocorrência de um acidente desta magnitude em uma companhia da importância e do prestígio internacionalmente da Vale. E este pensamento ficou ainda mais encravado na minha mente, depois de ver as cenas verdadeiramente impressionantes e dramáticas do desmoronamento quase que instantâneo de toda aquela massa de lama, bem como a sua rápida movimentação pelo vale a jusante da barragem, varrendo implacavelmente tudo o que estava no seu caminho. A dezessete dias do rompimento da barragem, a contagem das vítimas chega a 165 mortes confirmadas e 160 desaparecidos, indicando que ao final, o número de vítimas fatais ficará acima de 300. Isto coloca este acidente no desonroso posto de segundo maior acidente (em número de mortes) com barragem de rejeitos no mundo em todos os tempos, atrás apenas do acidente de Mir em Sgorigrad, Bulgaria em 1966 (488 fatalidades). E ainda mais, eleva-o ao primeiro lugar como o maior acidente industrial de todos os tempos no Brasil.

Sobre as Causas do Acidente

Que fatores levaram à ocorrência deste acidente? Ainda é cedo para se poder responder essa pergunta com um grau de confiança razoável, pois trata-se de um evento complexo, que, tal como costuma suceder na maioria dos grandes acidentes industriais, raramente decorre de uma única causa. Certamente, este também terá mais de uma causa básica, possivelmente uma cadeia de alguns eventos, possivelmente em diferentes períodos e momentos que se concatenaram para produzir esta tragédia. Ao que tudo indica, observando-se o vídeo do colapso da barragem e pela opinião de alguns especialistas, aconteceu o fenômeno da liquefação estática da lama na barragem, mas o que causou tal fenômeno, ainda será objeto de várias investigações.

Na maior parte das vezes, as causas de grandes acidentes deste tipo envolvem uma combinação de eventos físicos (falhas estruturais, falhas de equipamentos), falhas humanas (erros humanos, violações) e falhas organizacionais ou gerenciais. Incluem-se aqui também as possíveis deficiências na supervisão da segurança da barragem, tanto interna, da parte da própria companhia operadora, como externa, da parte dos órgãos e entidades responsáveis pela supervisão externa da segurança operacional da barragem.

Em análise de risco, costuma-se dividir o acidente em duas fases distintas: aquela anterior à ocorrência do evento acidental e a que vem em seguida a este evento. A primeira fase é dominada pelas causas básicas do evento acidental, que no presente caso, foi a própria ruptura da barragem (pelas imagens, tem-se mais a impressão de um desmantelamento súbito de toda a barragem, aparentemente causado pela liquefação da lama). Na segunda, predominam os fatores causais que levaram aos desfechos do acidente, ou seja, às suas consequências, no presente caso, as mortes de mais de 300 pessoas, entre funcionários da Vale e membros das comunidades situadas ao longo do caminho percorrido pela lama. Essas duas partes tendem a ser independentes uma da outra (há casos em que não o são), ou seja, poderia ter acontecido o total desmantelamento da barragem sem que isso levasse ao chocante número de mortes do acidente. Dessa forma, cabe investigar não apenas as causas do desmoronamento, mas também porque as consequências do acidente foram tão absurdamente altas.

A Investigação do Acidente

De um modo geral, é raro que uma estrutura como uma barragem de grande porte desmorone quase instantaneamente sem dar sinais prévios de degradação de um ou mais dos seus elementos estruturais. Esta condição foi reconhecida pelo Presidente da Vale em uma entrevista com jornalistas, porém, de acordo com suas palavras, isso não teria acontecido no acidente de Brumadinho. Segundo ele, algo realmente novo, algum fenômeno possivelmente ainda desconhecido no universo operacional das barragens de rejeitos, deve ter acontecido em Brumadinho. Em princípio, temos que receber esse tipo de argumento com ceticismo, já que projeto e construção de barragens têm pelo menos uns cento e cinquenta anos de engenharia. Segundo o próprio site da Vale (http://www.itv.org/linha-de-pesquisa/tecnologia-de-barragens-e-disposicao-de-rejeitos/):

“Os primeiros estudos sobre do projeto de barragens e performance de suas estruturas começaram em 1850, com o engenheiro civil William John Macquorn Rankine, da Universidade de Glasgow. Desde então, as técnicas evoluíram, mas alguns princípios básicos continuam válidos. Atualmente, existem no mundo pouco mais de 56 mil barragens. A maior concentração está na China (23.842), depois vêm os Estados Unidos (9.260), Índia (5.100), Japão (3.112) e Brasil, que conta com mais de 1.400 barragens.”

É possível que, mesmo após tanta experiência com a engenharia de barragens (projeto, construção, operação, manutenção e descomissionamento), um fenômeno totalmente novo, até então inteiramente desconhecido, possa ter acontecido em Brumadinho, ou seja, um “black swan”*, como se costuma dizer no jargão atual de gerenciamento de risco (ver nota ao final). Mas, no mínimo, essa afirmativa tem que ser inicialmente encarada com uma alta dose do bom ceticismo científico. Se isso ficar cabalmente demonstrado na investigação do acidente de Brumadinho, então teremos ao menos incorporado um novo conhecimento que será bastante útil para a prevenção da ocorrência de mais “black swans” em outras barragens (mais provavelmente em barragens de água e não de lama).

(continua na aba Área do Associado - Artigos)

Na continuação do artigo, são tratadas questões relacionadas à análise contida na dissertação de mestrado e à comissão independente de investigação do acidente anunciada pela Vale. Mas para aprecia-lo na sua totalidade, é preciso que seja associado da ABRISCO para poder ter acesso à Área do Associado neste site. Se ainda não o é, pode fazê-lo agora mesmo, usando o procedimento super simples na aba "Associe-se". A anuidade custa apenas R$150,00. Contamos com a sua participação. Obrigado.

Ao que tudo indica, pelas informações divulgadas até o momento, o trágico acidente catastrófico ocorrido no dia 25/01/19 na barragem de rejeitos da Mina Córrego do Feijão da Vale em Brumadinho, MG, terá um saldo de fatalidades que o colocará entre os três maiores acidentes desse tipo, em termos do número de fatalidades, já ocorridos no mundo desde 1915. Caso todos as pessoas consideradas desaparecidas até o momento tornem-se realmente fatalidades, o número de vítimas fatais poderá alcançar o patamar realmente assustador de 300 fatalidades. Isso o colocará atrás apenas dos acidentes das barragens de rejeitos de Mir em Sgorigrad, Bulgaria em 1966 (488 fatalidades) e de Los Cedros em Michoacán, Mexico em 1937 (300 fatalidades). Esses números estão na base de dados de “World Mining Tailings Dam Failures – from 1915” (https://worldminetailingsfailures.org/ ).

A ruptura de mais uma barragem de rejeitos de minérios não é um evento que constitua uma surpresa para profissionais experientes em análise e gerenciamento de riscos, pois é fato conhecido que essas estruturas têm um histórico de falhas que, definitivamente não as coloca no rol dos sistemas mais seguros dentre os atuais sistemas tecnológicos, muito pelo contrário.

É claro que o risco varia de barragem para barragem e pelas indicações do sistema de codificação de risco de barragens estabelecido pela Resolução CNRH Nº 143, a barragem de Brumadinho é classificada como de “baixo risco e alto dano potencial associado”. Só por essa classificação, já se vê que algo não anda muito bem, não pela barragem ser classificada como de “baixo risco” e ter rompido (o que pode acontecer, embora não repetidamente), mas sim porque a codificação utilizada não está de acordo com o significado atual de risco, o qual é formado por dois componentes, quais sejam, a probabilidade de ocorrência do acidente e a magnitude das suas consequências. Portanto, o conceito de “dano potencial associado” (ou DPA) deveria fazer parte do conceito de risco e não ser um fator à parte. Parece claro que o DPA está diretamente associado às estimativas da severidade das consequências em caso de um acidente. Portanto, pode-se dizer que a classificação de risco usada na referida Resolução está, no mínimo, incoerente com as práticas atuais de classificação de risco. Estivesse, o DPA embutido no conceito de risco (ou seja, probabilidade e consequências), e, muito dificilmente, uma barragem com um alto DPA seria considerada de baixo risco. Tipicamente, para que isso pudesse acontecer, seria necessário que a probabilidade de acidente com a barragem fosse considerada muito remota, o que raramente se pode dizer de barragens de rejeitos, com o histórico de acidentes que têm apresentado no Brasil e no mundo.

Para uma excelente apresentação da atual Política Nacional de Segurança de Barragens, veja a apresentação no link http://www.ibram.org.br/sites/1300/1382/00005314.pdf .

Uma coisa que nos deixa muito surpresos, é que tanto o prédio administrativo como o refeitório da mina estivessem na zona (mancha) da inundação em caso de acidente com ruptura da barragem. Pelo que tudo indica, não foi feita avaliação dessa zona, ou se o foi, algo deve ter saído errado. Talvez a legislação brasileira e os órgãos reguladores não exijam que essa avaliação seja feita ou, talvez, neste caso, a probabilidade de ocorrência tenha sido considerada tão baixa (o “risco” foi considerado muito baixo) de modo a não gerar tal preocupação. Na nossa opinião, uma análise de risco adequadamente feita, muito provavelmente, apontaria a inadequação da escolha do local do prédio administrativo e do refeitório. Isso nos parece o mesmo que colocar o prédio administrativo e o refeitório de uma planta de processo dentro da área vulnerável aos efeitos de explosões e incêndios de possíveis acidentes na planta. Em alguns casos, pode até ser que a probabilidade de ocorrência de ondas de choque e fluxos térmicos na área com os referidos prédios seja muito baixa, mas de qualquer modo, a análise de riscos teria que ser muito cuidadosamente verificada antes que tal locação fosse autorizada. Com tanto espaço naquela mina, será que não havia um lugar mais apropriado para a locação desses prédios? Ao que tudo indica, a maior parte das fatalidades ocorreu nesses lugares.Portanto, essa é uma pergunta, no mínimo, intrigante.

A investigação das causas desse acidente realmente merecerá um grande destaque em termos de acompanhamento do seu desfecho por parte dos mais variados setores, tanto da parte das autoridades brasileiras, como da sociedade civil como um todo. Quais terão sido as causas que levaram à ruptura de uma barragem que, no espaço dos últimos seis meses, recebeu tantos laudos de segurança decorrentes de inspeções externas e internas quanto os descritos na nota de esclarecimento apresentada no site da Vale? E todo o sistema de monitoramento da barragem também descrito na mesma nota? Como não se tem conhecimento da ocorrência de nenhum grande evento súbito e altamente disruptivo para a estrutura da barragem, como um terremoto ou uma grande tempestade, na hora ou nos dias imediatamente anteriores ao acidente, será realmente de grande interesse o desfecho da investigação do mistério desse acidente. http://www.vale.com/brasil/PT/aboutvale/news/Paginas/Esclarecimentos-sobre-a-barragem-I-da-Mina-de-Corrego-do-feijao.aspx . Talvez fosse o caso do governo brasileiro instituir uma comissão de investigação independente (formada por especialistas de renome) para tratar desse acidente, tal como é feito em outros países, em caso de acidentes com repercussão dessa magnitude (veja o caso recente do acidente com a barragem de rejeitos de Mount Polley no Canada ( https://www.mountpolleyreviewpanel.ca/final-report ). O objetivo da comissão independente não é o de encontrar os culpados do acidente, mas sim o de tentar identificar, da forma mais precisa possível, as causas básicas do acidente e do seu desfecho catastrófico, visando unicamente extrair o máximo de aprendizado possível (lições aprendidas) com a análise do acidente e fazer recomendações visando a não repetição do mesmo no futuro. Uma comissão de investigação formada por especialistas independentes tem sempre esse objetivo, e está distante dos dois polos de interesse sempre presentes nesse tipo de investigação: de um lado a empresa causadora do acidente (que nem sempre tem interesse em que todas as causas sejam efetivamente reveladas) e do outro, as autoridades (principalmente, a Procuradoria) com o seu objetivo permanente de apresentar à sociedade os culpados pelo acidente. O governo poderia usar uma pequena parte do dinheiro das multas que está impondo à Vale para custear essa investigação independente.

Uma outra sugestão: com mais este acidente, talvez seja a hora de, tanto as autoridades responsáveis, como as empresas de mineração no Brasil, começarem a tratar do problema da segurança das barragens de rejeitos da forma como já o vem fazendo uma boa parte dos países mais desenvolvidos nesta área (Austrália, Canada, Espanha, EUA e outros). Esses países vêm utilizando para a análise de segurança das barragens uma combinação de técnicas de análise determinísticas com as técnicas probabilísticas de análise e gerenciamento de risco já utilizadas de longa data em setores que gerenciam riscos de acidentes maiores, tais como, nuclear, óleo e gás, processos químicos, aeroespacial e outros. Já que o governo brasileiro está falando em rever a legislação de segurança e o processo de licenciamento de barragens de rejeitos, pode ser este o momento apropriado para uma modernização da legislação, seguindo padrões semelhantes aos usados pelos referidos países (sempre com a necessária adaptação às condições brasileiras).

Queremos deixar registrado, que é com grande consternação que escrevemos essa pequena análise desse acidente. Podemos imaginar a dor das famílias que perderam seus entes queridos, bem como a do pessoal da Vale pela perda de tantos colegas de trabalho, certamente, bons amigos de longa data, assim tão tragicamente de uma única vez. O melhor que podemos fazer neste momento é focar nossos esforços pessoais e profissionais no sentido de contribuir para reduzir ao máximo os riscos desse tipo de acidente no nosso país.

 

Algumas Reflexões Motivadas pelo Acidente com o Duto de Gasolina no México (Jan. 2019)

Luiz Fernando Seixas de Oliveira

Um acidente como este causa enorme consternação em todo o mundo. Todos pensamos nas vidas bruscamente interrompidas pelo acidente e pela enorme dor que causa nas famílias afetadas. Tenho certeza que, quanto a isso, estou falando por todos os associados da ABRISCO.

Como profissionais de análise e gerenciamento de risco, não devemos deixar passar em branco uma tragédia como esta. O mínimo que podemos fazer é tentar aprender o máximo que pudermos com o ocorrido e utilizar essas lições aprendidas para aprimorar as nossas técnicas de análise, bem como os nossos métodos e procedimentos de gestão de riscos de processo. É com este objetivo que estou colocando essas primeiras ideias neste documento. Espero com isso estimular as discussões para o nosso aprimoramento técnico e gerencial, visando reduzir a probabilidade e as consequências (ou seja, o risco) desse tipo de acidente no Brasil e no mundo.

Seguem abaixo algumas reflexões técnicas e algumas gerenciais motivadas pelo que pude observar até agora do que ocorreu neste trágico acidente com o duto de gasolina no México. De um modo geral, as ideias ainda não estão bem pensadas, mas as estou colocando aqui para incentivar mais discussões sobre o assunto. Estou escrevendo sem grandes preocupações de montar um texto que tenha grande fluência e total coerência. Mais ou menos estou escrevendo como as ideias estão aparecendo na minha cabeça, sem um ordenamento bem estruturado, por isso, peço que me desculpem se algumas ideias não estiverem totalmente claras e coerentes. O fato é que também ainda não as tenho claras e coerentes na minha cabeça.

Coloco inicialmente algumas questões que considero interessantes para uma reflexão do ponto de vista técnico, tendo em vista as práticas de simulação e avaliação de cenários como esse nas nossas análises de risco. Em seguida, faço algumas reflexões sobre as medidas gerenciais de controle ou mitigação de um acidente semelhante aqui no Brasil.

Algumas questões técnicas (os valores indicados são apenas estimativas preliminares mais ou menos grosseiras):

  • Quais foram as dimensões da poça de gasolina formada no solo?
    • A partir das marcações que fiz na foto aérea do local mostrada na Figura 1, chego à conclusão que a poça de gasolina teve entre 60 e 85 m de comprimento (trecho horizontal marcado em vermelho) por 10 a 12 m de largura, correspondente a uma área de 600 a 1000 m2 ou a uma poça circular de 30 m de diâmetro.
  • Ainda não fiz nenhuma simulação com o SAFETI para ver que dimensões obteria para uma nuvem de gasolina a partir desta poça ou o próprio fluxo térmico da poça uma vez ocorrida a ignição. Mas é interessante observar a partir das fotos anteriores e posteriores à ignição da nuvem que havia muita movimentação de pessoas e veículos nas estradas que passavam em volta da região do acidente, mas não dá para se precisar o número. Por essas fotos, parece que a nuvem de vapor de gasolina não tenha chegado a um alcance máximo maior do que uns 50 metros. Pelos efeitos na grama e no solo nas proximidades da poça parece que o fluxo térmico de intensidade significativa não passou de uns 20 a 25 metros no máximo. Como disse, ainda não fiz as simulações desse acidente, mas tenho a impressão que os resultados das simulações serão maiores do que esses valores.

ESSE ARTIGO TEM 6 PÁGINAS. PARA ACESSAR O RESTANTE, BAIXE O ARQUIVO EM PDF QUE ESTÁ EM ANEXO. Obrigado.

Segundo autoridades mexicanas, o número de vítimas da explosão/incêndio ocorrida após o grande derrame de gasolina do oleoduto de Tuxpan-Tula já alcançou o chocante número de 90 mortes, contando ainda com cerca de 50 feridos. Devido à natureza do acidente, é esperado que o número de mortes venha a aumentar dentro de mais uns dias em decorrência da gravidade das queimaduras sofridas por muitos dos feridos.

O acidente, ocorrido na localidade de Tlahuelilpan no estado mexicano de Hidalgo situada a cerca de 90 km ao norte da Cidade do México, teve origem em uma derivação clandestina (“illegal tapping”) realizada por ladrões de combustível no referido gasoduto. Ao que tudo indica, o trabalho dos criminosos (conhecidos no México como “huachicoleros”) teria dado errado, originando assim o grande vazamento de gasolina. Em seguida, um grande grupo de populares das regiões circunvizinhas dirigiu-se ao local do derrame para apanhar a gasolina que derramava. Segundo testemunhas e as autoridades o número de pessoas no local chegou a ultrapassar a 600 pessoas, munidas de toda sorte de contentores, e que desafiavam o perigo no afã de reunir o máximo de gasolina para uso próprio ou para revenda no mercado alternativo.

O acidente começou por volta das 17:00 horas. Segundo informes iniciais de alguns sites mexicanos de notícia, apenas um grupo de 26 soldados do exército mexicano chegou ao local em cerca de 20 minutos após o informe da ocorrência do vazamento, mas os soldados não foram capazes de convencer a população a interromper o recolhimento de gasolina. A ignição dos vapores de gasolina ocorreu por volta das 19:00 horas, ou seja, mais de duas horas após o início do vazamento. A causa da ignição ainda não é conhecida e, nas circunstâncias em que ocorreu, pode ter sido causada por um grande número de possibilidades. O site de O Globo publicou agora à tarde, uma cronologia mais bem informada, oficialmente divulgadas pelas autoridades mexicanas. Segundo esta cronologia do incidente, a Secretaria de Defesa soube da ação ilegal às 14h30 de sexta-feira. Às 15h45, parte da população se aglomerou para pegar combustível no local, e militares pediram a eles, sem sucesso, que se retirassem. Às 17h, chegaram policiais e, meia hora depois, reforços da secretaria, que insistiram nos apelos de saída. Às 18h52, os bombeiros de Tlahuelilpan receberam o informe de incêndio. Ainda segundo a notícia daquele site, os responsáveis pela operação do duto (PEMEX) decidiram a princípio não parar o transporte pelo duto por considerarem o vazamento de pequena monta. Contrariamente ao que esperavam, o vazamento rapidamente aumentou de proporções. Quando ainda estava claro no local, alguns vídeos (ver a foto acima) mostram um jato de gasolina com cerca de 10 metros de altura. https://oglobo.globo.com/mundo/governo-do-mexico-soube-de-vazamento-de-gasolina-horas-antes-de-explosao-que-deixou-89-mortos-23388341

Este trágico acidente é o maior ocorrido até agora no México envolvendo dutos de transmissão de hidrocarbonetos. Em 2010 um acidente semelhante, também causado por ação criminosa de derivação clandestina, causou a morte de 29 pessoas nas proximidades da cidade de San Martín Texmelucan, no estado de Puebla. O pior de todos os acidentes no México envolvendo vazamentos em dutos foi o ocorrido em um duto de gás na Cidade de Guadalajara onde morreram mais de 250 pessoas e houve centenas de feridos. O gás vazado infiltrou-se pelo sistema de esgoto da cidade e deu origem a cerca de 10 explosões devastadoras em diferentes áreas da cidade https://en.wikipedia.org/wiki/1992_Guadalajara_explosions.

No Brasil, não podemos deixar de recordar do terrível acidente com um duto de gasolina na localidade de Vila Socó em Cubatão, ocorrido em fevereiro de 1984 (completando agora 35 anos da tragédia). Segundo o site da Cetesb, “o número oficial de mortos é de 93, porém algumas fontes citam um número extra-oficial superior a 500 vítimas fatais (baseado no número de alunos que deixou de comparecer à escola e a morte de famílias inteiras sem que ninguém reclamasse os corpos), dezenas de feridos e a destruição parcial da vila” https://cetesb.sp.gov.br/analise-risco-tecnologico/grandes-acidentes/vila-soco-cubatao/.

Outro acidente no Brasil com alguns elementos similares ao deste acidente no México foi o do descarrilamento de uma composição ferroviária transportando gasolina nas proximidades da cidade de Pojuca na Bahia em 31/08/1983. A similaridade fica por conta da coleta da gasolina derramada dos vagões acidentados pela população local (que transportava os baldes e galões para as suas casas nas proximidades da via férrea) e pela incapacidade das autoridades policiais em impedir a tempo as ações da população. https://pt.wikipedia.org/wiki/Descarrilamento_de_Pojuca

Apesar do grande número de acidentes envolvendo o transporte dutoviário de hidrocarbonetos e do seu potencial de danos entre a população, dados históricos de acidentes nos EUA e Canada mostram que por volume de material transportado, esse meio de transporte é o que apresenta menor risco para a população em comparação ao transporte por caminhões ou trens. Isso significa que outros tipos de transporte alternativo de hidrocarbonetos, tais como o rodoviário ou o ferroviário, apresentam riscos mais altos quando avaliados em massa equivalente de material transportado por distância (ton-km). Nos dois países citados, um grande derrame de gasolina causa um rápido afastamento das pessoas do local do acidente, enquanto que em países como o México e o Brasil, o efeito pode ser exatamente o contrário, mas isso se configura igualmente para grandes vazamentos de gasolina a partir de qualquer forma de transporte. Por outro lado, os vazamentos decorrentes de acidentes com caminhões-tanques não tendem a gerar esse efeito de aglomeração, pois as quantidades derramadas são muito menores.

Do ponto de vista da análise e do gerenciamento de risco, há vários aspectos interessantes a serem avaliados e aprendidos a partir da análise desse acidente no México. Um artigo com essas reflexões será publicado brevemente na seção de artigos do nosso site. Desde agora, fica aqui a pergunta: com o aumento do número de derivações clandestinas para roubo de combustível que vem ocorrendo recentemente no Brasil, quão próximos estamos da ocorrência de um acidente deste tipo e magnitude no nosso país?

Nota: Desde o início de dezembro passado, tomei a decisão de recomeçar a publicação de “notícias de acidentes” de processo no nosso site, interrompida desde agosto de 2017. Conforme já dito anteriormente, não há da parte da ABRISCO nenhum compromisso em publicar notícias sobre todos os acidentes de processo ocorridos no Brasil ou no exterior. A publicação será seletiva, como sempre foi, e também dependente da minha disponibilidade de tempo. Obviamente, qualquer associado que queira usar este espaço do site para publicação de notícias de acidente de interesse para a nossa comunidade profissional, pode fazê-lo, bastando para isso me enviar o artigo escrito com, pelo menos, uma foto ilustrativa do acidente. Todos os associados são fortemente encorajados a contribuir com notícias de acidente e notícias gerais para o nosso site. Por política editorial, somente publicamos notícias já divulgadas no noticiário de órgãos de imprensa considerados idôneos, e nunca em primeira mão. Procuramos não apenas repetir o noticiário já divulgado, mas também acrescentar um ou outro elemento de interesse para os nossos associados.

Luiz Fernando Seixas de Oliveira

Presidente da ABRISCO

Em atendimento ao disposto no Estatuto da ABRISCO, a Comissão Eleitoral (C.E.) aprovada pela Diretoria, formada pelos associados Guilherme de Azevedo Vale (Presidente da C.E.), Mariana Bardy, Milton Lacerda, elaborou este regulamento para ser usado nas eleições da Diretoria e Conselho Fiscal da ABRISCO para o período de maio de 2019 a dezembro de 2020.

As eleições ocorrerão em assembleia geral extraordinária da ABRISCO que será realizada em 03 de abril de 2019 às 17:00h em primeira convocação e às 17:30h em segunda convocação. A assembleia será realizada em local a ser divulgado posteriormente.

O regulamento completo das eleições elaborado pela Comissão Eleitoral encontra-se no anexo abaixo.

Participe do Encontro Técnico da ABRISCO que será realizado nesta segunda-feira dia 05 de novembro de 2018 no Auditório do Clube de Engenharia (av. Rio Branco 124) das 17:30 às 19:30.

Neste Encontro Técnico serão apresentadas e discutidas todas as sugestões da ABRISCO para a revisão do SGSO ora em curso na ANP. As sugestões resultaram do Workshop do dia 23/07/18 organizado pela ABRISCO no auditório do IBP.

A entrada é franca. Para se inscrever, basta mandar um e-mail solicitando sua inscrição no evento para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Veja o programa do evento no quadro abaixo.

Hora

Assunto

Apresentador

05:00 – 05:15

Abertura do Encontro

Luiz Fernando Oliveira (Pres. da ABRISCO)

05:15 – 05:30

Visão geral do Documento da ABRISCO

Luiz Fernando Oliveira (Pres. da ABRISCO)

05:30 – 05:45

Sugestões do GT 01 (PG-01 e PG-04)

Flávio Diniz (Coord. do GT 01)

05:45 – 06:00

Sugestões do GT 02 (PG-10 e PG-12)

Mariana Bardy (Coord. do GT 02)

06:00 – 06:15

Sugestões do GT 03 (PG-11 e PG-13)

Cid Costa (Coord. do GT 03)

06:15 – 06:30

Sugestões do GT 04 (PG-09 e PG-14)

Helton Oliveira (Coord. do GT 04)

06:30 – 06:45

Sugestões do GT 05 (PG-06 e PG-16)

Marcelo Santux (Coord. do GT 05)

06:45 – 07:00

Sugestões do GT 06 (Outros)

Luiz Fernando Oliveira (Coord. GT 06)

07:00 – 07:30

Discussão Geral das Sugestões Apresentadas

Todos

A ABRISCO, em colaboração com a CETESB/SP, está organizando o Encontro Técnico da ABRISCO com as Indústrias de Bioenergia e Petroquímica. O evento acontecerá no Auditório Augusto Ruschi da CETESB em São Paulo no dia 12 de setembro de 2018. O tema geral do Encontro Técnico é a troca de experiência das empresas do setor na área de gestão de segurança de processo.

Inscrições devem ser realizadas no link:

http://www.ambiente.sp.gov.br/evento/encontro-tecnico-abrisco-com-industrias-de-bioenergia-e-petroquimica/

 

O programa do evento está indicado abaixo.

 

Programa:

Horário

Tema

Apresentador

8:30-8:45

Inscrição

8:45-9:15

Abertura [palavras dos representantes da ABRISCO (propósito do Encontro), da CETESB e da SMA]

Diretor da CETESB

Presidente da ABRISCO

Presidente da CETESB

Secretário de Meio Ambiente

9:15-10:00

Sistema de gestão de risco – módulo gestão de pessoas

Dalvo Paulo Barbosa Berti

[GVO]

10:00-10:30

Considerações sobre a metodologia para elaboração de análises de risco para empreendimentos ferroviários no Brasil

Renata Twardowsky Ramalho

Patricia Ruth Ribeiro

[Rumo]

10:30-10:45

Café

10:45-11:15

Gerenciamento de riscos corporativos Logum

José Ricardo Monteiro Pinheiro

Rafael Paes Oliveira Alves

[Logum]

11:15-11:45

Terminais de armazenagem de líquidos a granel – evolução constante

Nivaldo Mateus

[ABTL]

11:45-12:10

Mesa (perguntas e respostas)

Palestrantes anteriores

12:10-13:40

Almoço

13:40-14:40

O Programa Atuação Responsável® e a gestão de riscos

Gestão de riscos na indústria química: abrangência, ferramentas e controles a favor de um ambiente mais seguro

Luiz Shizuo Harayashiki

[ABIQUIM]

George André Tonini

[Oxiteno]

14:40-15:10

Cultura de segurança e acidentes organizacionais

Luiz Fernando Seixas de Oliveira

[ABRISCO]

15:10-15:25

Café

15:25-15:55

Biorrefinaria virtual, plataforma para avaliar os impactos na sustentabilidade da produção de etanol de 2ª geração

Marcos Djun Barbosa Watanabe

[CTBE / CNPEM]

15:55-16:25

Fenômeno de incêndio em poças em depósitos de armazenamento de combustíveis

Savio S.V. Vianna

Angela Hayashi

[UNICAMP]

16:25-16:45

Mesa (perguntas e respostas)

Palestrantes anteriores

16:45-17:00

Encerramento

Presidente da ABRISCO

ABIQUIM

Associação Brasileira da Indústria Química

ABRISCO

Associação Brasileira de Análise de Risco, Segurança de Processo e Confiabilidade

ABTL

Associação Brasileira de Terminais de Líquidos

CETESB

Companhia Ambiental do Estado de São Paulo

CNPEM

Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais

CTBE

Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol

GVO

Grupo Virgolino de Oliveira

Logum

Logum Logística S. A.

Oxiteno

Oxiteno S. A. Indústria e Comércio

Rumo

Rumo Malha Sul S. A.

SMA

Secretaria do Meio Ambiente

UNICAMP

Universidade Estadual de Campinas

Novo artigo na Área de Associados da ABRISCO

A primeira parte de um novo artigo escrito por Luiz Fernando Seixas de Oliveira, Presidente da ABRISCO acaba de ser publicado na Área de Associados da ABRISCO neste site. O artigo entitulado "Sobre a Definição de Risco" aborda o tema a partir de uma análise das definições propostas em vários trabalhos considerados como marcos históricos no desenvolvimento da área de análise quantitativa de riscos, começando nos primórdios da energia nuclear (final da década de 60) até os dias de hoje. Nesta primeira parte são abordados dois dos trabalhos pioneiros mais importantes: o artigo publicado por Frank Farmer em 1967 e o famoso Relatório Rasmussen publicado em 1975. Outras partes do artigo serão publicadas em breve.

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